Lilypie Kids Birthday tickers Lilypie Kids Birthday tickers Lilypie Fifth Birthday tickers Lilypie Third Birthday tickersLilypie First Birthday tickers

29 março 2009

Amamentação, suplementos e pediatras

Ao passear-me pelos blogs, deparo-me que um grande número de mamãs "tem" de dar suplemento aos seus bebés, e fico perplexa.

Considero-me uma pessoa informada, sempre li muito e a puericultura em particular sempre esteve dentro das minhas áreas de interesse, e desde o nascimento da minha mana (há quase 12 anos) que sou leitora assidua de revistas e livros do tema. Além disso tenho 3 filhotes, o que faz com que já tenha algum (muito) conhecimento de causa também em termos prático.
Começando pela teoria - o leite materno é o melhor que existe para o bebé, salvo RARAS excepções, preenche todas as necessidades do bebé até aos 6 meses. Os casos em que isso não se verifica são mesmo muito raros. A maioria dos bebés a quem lhes é impingido suplemento não precisam dele para nada.
É mais fácil de beber pelo biberon do que pela mama, ao obrigar os bebés aos biberons, o mais certo é que em pouco tempo eles comecem a mamar menos, o que provoca uma diminuição da produção do leite da mamã e por conseguinte um progressivo aumento do suplemento, até à passagem completa para o leite em pó.
É normal apertarmos a mama e não sair leite, não quer dizer que ele não esteja lá; é normal tentarmos tirar com a bomba e sair pouco, não quer dizer que se o bebé mamar não o consegue tirar; é normal que um tempo depois de se começar a amamentação as mamas não fiquem tão grandes, não quer dizer que tenham menos leite, apenas já não ficam inchadas; é normal os bebés flutuarem entre percentis, os percentis são mera estatistica, os nossos bebés são reais; é normal que ao principio seja dificil amamentar, mas com o tempo (e se for preciso, ajuda especializada) a coisa vai lá; as crianças não morrem à fome se tiverem comida disponível, se lhe oferecermos o biberon e ele rejeitar é porque não precisa; a amamentação não deve ter horários rígidos; o bebé mama a maioria do leite nos primeiro 2 minutos; se o bebé quiser mamar uma hora depois da última mamada, ele que mame, pode ser sede, pode ser mimo, não quer dizer que o leite não presta nem que está a começar a faltar; os bebés amamentados não engordam tão depressa como os a leite em pó (tantos outros factos que podia pôr aqui, mas agora de cabeça, de repente e a esta hora não me sai mais nenhum).

Os pediatras são médicos, são pessoas treinadas para tratar, para tentar manter as coisas nos eixos, que passam remédios, receitas, muitas vezes não estão sensibilizados para as questões da amamentação convenientemente. Se estivessem, quando um bebé baixa de percentil, o médico deveria dar indicações para a dieta da mãe e não impingir logo um leite em pó ao bebé (há vários livros e sites sobre estes assuntos, vou procurar e pôr na barra do lado que pode dar jeito a alguém).

A prática - No primeiro filho todos têm o que dizer, no meu caso não foi excepção.
O menino tá magrinho, ele pede muita mama é porque o leite não presta, não o deixes dormir tantas horas seguidas, devias dar-lhe um suplemento, dicas construtivas nada...
O Rafael perdeu mais peso que o suposto nos primeiros dias e não o recuperou nas supostas 2 semanas que "manda" a tabela. O na altura pediatra dele fez-me um ultimatum de que se o rapaz não engordasse X naquela semana ia para suplemento. Grande stress, eu não queria nada ter de dar suplemento ao rapaz, mas tinha sempre o papão de que a minha mãe também não me tinha conseguido amamentar muito tempo... Por indicação do pediatra passei a acordar o bebé de 3 em 3 horas para mamar e "obrigava-o" a mamar 15 minutos em cada mama, ensinou-me a fazer-lhe uma coisa num pezinho para o caso de adormecer, que ele acordava logo e chorava que se fartava, para mamar os tais 15 minutos em cada uma, no mínimo. O rapaz lá engordou o que mandaram e continuamos com a maminha em exclusivo por 5 meses (ele entrou na escolinha aos 5 meses e meio).
Antes de nascer a Flor mudei de pediatra. A Flor nasceu mais pequenina que o Rafa (de 37 semanas), perdeu mais peso que o suposto e não o recuperou nas supostas 2 semanas. Disse à médica que com o Rafa também tinha sido assim, não impôs regra nenhuma, nenhum stress, a rapariga sempre mamou quando quis e o que tempo que quis, dormiu quando quis, e sempre cresceu e engordou (e posso dizer que é esperta como um raio). Mamou em exclusivo 5 meses, passou para as papas por eu ter visto que ela já queria algo mais.
Com o Kiko então já nem me lembro se perdeu mais peso ou se recuperou na altura devida pois nem dei atenção a isso. Voltou a ser amamentado em exclusivo 5 meses, altura em que entrou na escolinha. O biberon foi introduzido nessa altura, sem qualquer tipo de problema, sem forçar.

Por favor, não stressem com o peso dos vossos bebés, não os obriguem a beber biberons quando eles não querem nem precisam. Tenham cuidado com a vossa alimentação, descansem, informem-se, não pensei que o que os pediatras dizem é lei pois eles são humanos e são "tratadores de doenças". Vão ver que os bebés crescem, engordam, não passam fome, vão ser lindos e saudáveis :)

8 comentários:

liliana disse...

Escrevo para te dizer que eu SEMPRE tive imenso cuidado com o que como. Se tivesses lido os meus posts anteriores, terias verificado que eu sou a favor da amamentação e do quanto me custou introduzir o suplemento. Confio plenamente no meu pediatra e sei que ele está a fazer o melhor para o meu filho, porque sei que é uma situação temporária. Apesar de se ser contra, há que respeitar as mães que simplesmente não querem amamentar, o que também acontece!

María disse...

Bem, este posto podia ter sido escrito por mim porque o subscrevo inteiramente, só tenho de discordar de uma coisa, que embora pareça ser o normal, no meu caso não é.

O Peste só foi amamentado em exclusivo 3 semanas, a partir daí e até aos 2 meses e meio foi mama+suplemento. Nem te vou dizer o que chorei por termos falhado ambos na amamentação..ele não mamava, chorava todo o santo dia, nem com os mamilos de silicone ele mamava...enfim...mas todo ele sempre muito magro e alto, tal como é hoje.

O Picoé foi amamentado em exclusivo até aos 6 meses e 1 semana e até aos 7 meses foi quase em exclusivo também já que a introdução dos sólidos foi muito lenta....

Perdi-me um pouco no que ia dizer, mas o que ia referir, só por graça, é que de ambos o Picoé é que é mais pesado, aliás com 8 meses pesa mais que irmão com 1 anos de idade :) Viva o meu leitinho lolololol

Mas sei que é mais normal os bébés amamentados serem mais pequenos, o meu é excepção talvez, mas acho que é muito por aí que surgem as "teorias" do leite fraco e coisas absurdas do género....isto porque, e nunca hei-de entender o porquê, os bébés querem-se gordos!

Digo-te que nunca os pesei como as Mães têm a mania de pesar todos os dias e semanas. Que stress! Os meus, só são pesados em consultas.

Já me alonguei, mas este assunto puxa conversa lol

Beijo grande
María

margarida disse...

Concordo plenamente contigo mas nem todas as mães conseguem ter esse à vontade que foste adquirindo. Depois de uma amamentação de apenas 2 meses ao meu primeiro filho, consegui com o 2º, com muito mais informação disponível, paciência e a firme vontade de desta vez dar de mamar, dar-lhe mama até aos 9 meses, altura em que tive que parar porque tinha que tomar um antibiótico que receei fazer-lhe mal.
Não senti por parte da pediatra qualquer tipo de apoio, creio que é uma parte muito descurada por eles. O que lhes interessa é mesmo que os bebés estejam no percentil em que nasceram e pronto.
Agora, a caminho do terceiro filho tenho plena consciência que a amamentação vai ser mais fácil pois a experiência conta muito e o saber que "consegui" dar de mamar anteriormente desta também serei capaz.
O importante como dizes é mesmo não stressar. Com ansiedade o leitinho não sai e torna-se um ciclo vicioso.
Tenho pena que os membros da fammília sejam os primeiros a dar palpites quando deveriam ser os primeiros a ajudar...

Desculpa o testamento...

bjinhos

akombi disse...

a minha maternidade é vivida sob o meu instnto, tb leio, informo me mas eu é que sei o que é melhor para as minhas miúdas, e nem o facto de um médico me ter dito qd a mais nova tinha 2 anos e ainda mamava que eu deveria de retirar lhe a mama eu o fiz, senti que o peito só deve de ser retirado qd a criança assim o desejar.


as minhas filhas foram amamentadas exclusivamente até aos 6 meses, depois foi introduzido a sopa, os purés algumas frutas, mais tarde as papas e os iogurtes, só aos 12 meses comecei a intruduzir o leite de vaca (vigor, nada de leites crescimento e afins).

a mais nova recusou o leite de vaca e só quase aos 2 anos o começou a beber ( mas mto pouco ainda hoje com 5 anos é assim.)

foram amametadas até aos 3 anos, a mais nova foi um pouco mais dificil ela tonmar ainiciativa de deixar a mama, mas foi equecendo aos poucos e assiom a foi deixando.

são crainças saudáveis e sempre estiveram no recentil acima dos 95, tanto que amis vela com 9 anos está com 1m50 pea 50 kg e calça o 38, a mais nova com 5 anos mede 1m27 pesa 21 kg e calça o 29. Se foi por causa da amentação? não sei, sei que fiz o melhor e elas tb.

se voltasse atrás faria o mesmo, assim como se voltar ater outro filho.

amamentar apesa de cansativo é tão, mas tão gratifcante......ai que saudades ;D, é claro que tudo isto foi me possivel porque deixe de trabalhar e passei adedicar me à maternidade, pois compreend que muitas mães deixam de amamentar porque trabalho vs amamentação deve de ser mto complicado.

Rainha disse...

Um tema muito importante e nem sempre consensual. Cada caso é um caso, mas no geral concordo com aquilo que escreveste.

Deixo-te um desafio no meu blog.

Beijinhos:)

Catarina Mendes disse...

Não sou fundamentalista, acho muito bem que quem n quer amamentar n amamente e não o faça apenas por pressões do exterior. Acho é q muitas vezes as mamãs deixam de amamentar por má informação quando queriam mesmo fazê-lo, e conheço muitos casos desses (por ex. uma ex-colega de faculdade q teve uma menina no inicio do ano n amamenta pois qd a bebé nasceu a enfermeira disse-lhe q ela n tinha leite e deu-lhe logo biberon - serei só eu a achar demasiado esquisito?!?)

Kombi, concordo plenamente contigo, as mamãs é que sabem o que é melhor p os seus bebés, e é esse o único conselho "gratuito" q dou qd alguém tem bebés ou engravida: Tu é q sabes o q é melhor p o teu bebé, deves ouvir o q os outros dizem, que vão dizer muito e coisas totalmente opostas, mas o que tu achas q está certo é o que está certo. Digo sempre isto :)

Este é um tema muito interessante mesmo :)

pascuela disse...

Eu subscrevo quase tudo o que foi escrito por aqui Também amamentei as minhas filhas atá aos 2 anos(a mais velha) e até aos 2 e 3 meses (a mais nova) Sou enfermeira e é bem verdade que antes de ser mais ensinava as púerperas de uma forma mecânica assim como dizem os livros mas agora sentindo na pele vejo bem que naõ é nada fácil estabelecer a amamentação ... epor diversos factores...alguns deles que não são controláveis por nós e por isso agora dou mais o meu testemunho pessoal( além disso como transmitir uma boa motivação e segurança quando temos tão pouco tempo para estar com a púerpera, ás vezes não chega a uns escassos 15 minutos e tanto para explicar e esclarecer???) do que própriamente aquilo que dizem os livros...muito da amamentação vem do nosso instinto maternal e bom senso...além de que durante muitos anos foi passada e enraizada uma mensagem também necessária a grandes grupos económicos (indústria produtora de leite artificial) e que actualmente lentamente a OMS tem vindo a contrariar...
De facto muitos profissionais de saúde não estão de todo sensibilizados para apoiar mais a amamentação assim como não estão os patrões e muitas vezes colegas de trabalho...fui muitas vezes olhada de lado por colegas por manter a amamentação até tão tarde mas posso garantir que foi a melhor opçaõ que tomei...
A minha filha mais velha tomou o 1º antibiótico aos 15 meses e a 2ª aos 21 meses...coincidência ou não!!!
por isso apoio incondicionalmente a amamentação embora compreenda e respeita as que optam por não o fazerem. Pena é que seja muitas vezes uma opção pouco esclarecida coma força que tem a comodidade de uma especie de baby fast food bem "visível" e geradora de maior segurança e menor ansiedade nas mães(e pais Tb)
Carla almeida

Anónimo disse...

concordo com tudo o q foi dito. e amamentar é um ato mto bonito, saudavel é fantástico mas sem stresses. não vale a pena ter tanta pressão para amamentar às vezes a coisa n funciona mesmo e pronto.A minha 1ª filha só mamou até aos 15 dias, pq não pegava mesmo e diminuia de peso e agora com 5 anos é mto saudavel, nunca tomou um antibiotico, nem teve nenhuma doença. Agora o segundo com um mês continua a mamar mas também tem suplemento. Devemos sim fazer o q achamos melhor p eles e não obrigar a vida a fundamentalismos, tds se criam, sem a pressão q existe hoje em dia da amamentação